Se o Dr. Eduardo Catroga pode dizer pintelhos na televisão ... eu também posso dizer isso no meu blog!
Pintelhos é, por exemplo, ir abrir uma empresa na conservatória e dizerem ... "Olhe, não se esqueças do livrinhos de actas ... se não tiver o livrinho não se esqueça de certificar a acta devidamente numerada". A constituição da empresa foi adiada.
Pintelhos é ir a uma repartição de Finanças para pagar um imposto de selo de um contrato de arrendamento em que o inquilino é uma pessoa estrangeira e receber como resposta ... "não podemos aceitar o seu contrato porque o nosso sistema informático não permite introduzir contratos em que o inquilino não tenha NIF português. Das duas uma ou o seu inquilino vem aqui tirar um NIF português ou o senhor não pode fazer contratos de arrendamento a estrangeiros." ... Pausa para respirar e fumar um cigarro!
Pintelhos é não poder dar início de actividade de uma empresa porque faltou preencher uma quadricula do formulário e não dá para rasurar o original porque a cópia fica diferente. A cópia era uma fotocópia.
Pintelhos é abrir um restaurante e ter que colocar n+1 papeis de licenças e coisas afins que elevam um simples restaurante a um nível próximo de uma central nuclear! São refeições, senhores ... apenas e simples refeições.
Pintelhos é tratar de um caso na Segurança Social de uma forma e na semana seguinte ir com um caso equivalente e receber uma resposta com procedimentos totalmente diferentes do primeiro caso.
Os contabilistas seguem um princípio que devia ser válido para todos os actos burocráticos em Portugal: o princípio da substância sobre a forma. Que se lixe a forma. O mais importante é a substância. Dito de outra forma: deixemos de dar importância aos pintelhos!
Eram bom que quem quer negar o ócio criando o seu negócio em Portugal fosse um pouco mais ajudado. Uma forma de ajudar é desburocratizar e tornar esses actos mais simples, mais compreensíveis e menos formais.
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